O culto nosso de cada dia

Nenhum homem pode fracassar em encontrar-se com Deus no santuário, se ele traz Deus consigo para ali. Como é fácil transferir a culpa de nossos corações frios para os ombros de nossos líderes religiosos!” Esta é a advertência de B.B. Warfield (1851-1921), que encontramos em seu livro A vida Religiosa dos Estudantes de Teologia (Os Puritanos, 1999, p. 23).
Certamente você já ouviu, ou fez a transferência de culpa diagnosticada acima. Muitos são aqueles que alegam frieza no culto e ausência de Deus e, poucos são aqueles que encontram uma resposta para tal postura. Notamos que este problema procede de uma má interpretação e exercício do culto cristão. Não devemos conceber o culto como simplesmente um ato público realizado aos domingos com hora e local marcado, onde cantamos hinos e ouvimos um sermão. Mas, devemos compreender que o culto cristão é entrega integral de vida a Deus em reverência, gratidão, adoração e fé; uma atitude constante que se manifesta individualmente e coletivamente – ambas com evidências públicas. É quando assumimos a responsabilidade e respondemos em gratidão a Deus em nosso dia-a-dia e, assim caminhamos com Ele para o santuário, que deixaremos nossos corações aquecidos.
Não queremos ser desprezados por Deus em nosso serviço de devoção. Muito menos, devemos atribuir nossa responsabilidade a outros. Portanto, busquemos corações quebrantados e contritos diante da Sua presença e apresentemos os nossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Que jamais se aparte de nós a certeza de que, uma vez capacitados por Deus para cultuá-Lo, precisamos viver uma entrega total, buscando-O e respondendo de todo coração, alma e espírito; tendo também o privilégio de falar e ser edificado pelo que ouve.

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Carta a uma irmã enlutada

Nestes últimos dois meses fomos alcançados pelo "luto". Durante esse tempo, temos percebido o quanto somos frágeis, mas o quanto Deus é tremendo e fonte de todo o consolo. Há poucos dias estivemos revendo alguns dos nossos email's e encontramos um em especial. Acreditamos que o mesmo seja bênção sobre nossas vidas e, tb o pode ser na sua. Ele foi escrito à uma irmã que enfrentava o luto. Assim o transcrevemos:

"Olá querida, Após ler o seu email tomei a liberdade de escrever-lhe aquilo que chamo de: "Carta a uma irmã enlutada".
Há alguns dias estava conversando com uma jovem que tb está enfrentando o luto. Tenho percebido que este é um dos momentos mais delicados das nossas vidas e que devem ser tratados com muito respeito, piedade e dependência do Pai.
Certo psicólogo cristão afirma que: "a morte, como é natural, vem para todos e os que ficam experimentam o sofrimento. Tal fato é uma experiência individual em que cada pessoa tem uma atitude peculiar. Mas, os três efeitos mais comuns do luto são: o choro (que expressa sentimentos profundos e alivia a tensão), inquietude (incluindo possível perturbação do sono) e em alguns casos a depressão".
Creio que não podemos ignorar o luto nem mesmo os efeitos que traz. Portanto, é bom retermos a compreensão de que o sofrimento e até mesmo alguns dos questionamentos são comuns. E, que um bom remédio para esses momentos é a paciência e esperança em Deus. Escrevo-lhe estas coisas por saber que a sua dor é digna de respeito. Escrevo tb por saber que a sua mente fora iluminada e em ti habita o Espírito de toda a Consolação.
Gostaria de lembrar contigo um fato bíblico. É o encontro de Jesus com as duas irmãs enlutadas: Marta e Maria. Ao encontrar-se com as irmãs, e, mais precisamente quando Maria se lançou aos seus pés, "Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se em seu espírito e comoveu-se". O versículo 35 (de João 11) nos informa que ele também chorou. Ele sabia que Lázaro seria ressuscitado, mas, mesmo assim sofreu e chorou com os que estavam lamentando.
A agitação e choro do Senhor demonstram para nós que ele não é indiferente às nossas tristezas, pelo contrário, se compadece e socorre. Precisamos lembrar que ao prometer o Espírito o Senhor O chama de "outro" Consolador, demonstrando que também o é. O apóstolo Paulo escrevendo aos coríntios diz: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda a Consolação". Enfrentar o Luto olhando para a presença consoladora de Deus é saber que nenhuma lágrima derramada e nenhum sentimento são desconhecidos por Ele e tão pouco maiores que Seu consolo.
Reconheço que palavras, palavras e palavras não representem tudo. Mas, que elas tb transmitam a nossa companhia. Continuaremos a orar por vc e sua família na certeza de que o nosso Deus, a Seu tempo, fará".
Deus abençoe!

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